Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2018), com ocorrência nos estados: RIO DE JANEIRO, Municípios de Paraty (Giordano, 2071), Rio Bonito (Martinelli 11637), São Francisco de Itabapoana (Nascimento 509), Itatiaia (Silva 804), Miguel Pereira (Baez 340); SÃO PAULO, Municípios de Cubatão (Hoehne 7974), São José do Barreiro (Serafim 192), Ubatuba (Rochelle J716), Paraibuna (Stefani, Belinello & Galvão 261), São Paulo, (Hoehne s/n); MINAS GERAIS, municípios de Carangola (Leoni 4487), Faria Lemos (Leoni 943), Joanésia (Mansur 18), Tombos (Cosenza 281). Ocorre em altitudes de 600-1200 m (Johnson e Murray, 1995).
Árvore de até 4 m, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi documentada em Floresta Ombrófila Densa associada a Mata Atlântica nos estado de Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo. Apresenta AOO=48 km², três situações de ameaça e ocorrência em habitat severamente fragmentado. Apesar do elevado valor da EOO, a espécie é descrita na literatura (Rochelle et al., 2011; Freitas, 2010; Lobão, com. pess.) como muito rara, com baixa densidade populacional e distribuição pontual. Em São Paulo, por exemplo, é conhecida por coletas esparsas, atualmente com registros efetuados somente na região compreendida pela Serra da Bocaina. É simpátrica a T. axilliflora, com a qual pode ser confundida. Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica (Ribeiro et al., 2009). Os estados em que T. oblongifolia foram registrados perderem entre 82-90% da Mata Atlântica original (SOS Mata Atlântica e INPE, 2018). Apesar da ocorrência confirmada em Unidades de Conservação, o acentuado desmatamento verificado para aberturas de pastagens e estabelecimento de cultivos para o agronegócio (Lapig, 2019; ) representa uma ameaça direta a perpetuação desta rara espécie florestal na natureza. Diante desse cenário, infere-se declínio contínuo em AOO e extensão/ qualidade do habitat. Portanto, T. oblongifolia foi considerada Em Perigo (EN) de extinção. Devem ser incentivadas ações de pesquisa (distribuição e censo populacional) e conservação (in situ e ex situ, inclusão em Plano de Ação e Planos de Manejo) para garantir sua perpetuação na natureza.
A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Em Perigo" (EN) na Portaria 443 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação re-acessado após 5 anos da última avaliação.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | EN |
Espécie descrita em: Linnaea 9(3): 329. 1834.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present,future | national | very high |
Perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | locality,habitat,occupancy,occurrence | past,present,future | regional | high |
O município de Faria Lemos (MG), com 16.522 ha, contém cerca de 55,4 % (9.151 ha) de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de Carangola (MG), com 35.340 ha, contém cerca de 54,5% (19.256 ha) de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). O município de São Francisco de Itabapoana (RJ), com cerca de 118.438 ha, apresenta 22,83% (25.445 ha) de sua área convertida em pastagens (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.1 Annual & perennial non-timber crops | regional | high | ||
O município de São Francisco de Itabapoana (RJ), com cerca de 118.438 ha, apresenta 19,6% (21.842 ha) de sua área convertida em cultura de cana-de-açucar (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional para a conservação da flora endêmica ameaçada de extinção do estado do Rio de Janeiro (Pougy et al., 2018). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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5.1.2 National level | on going |
A espécie avaliada como "Em perigo" está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). | |
Referências:
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Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |